quarta-feira, 31 de outubro de 2012

I Encontro LATA


CULTURA E INFORMAÇÃO, “A GENTE VÊ POR AQUI”.


Dia quatro de maio de 2012, aconteceu uma palestra cultural no auditório do ICHS – Instituto de Ciências Humanas e Sociais (UFOP), sobre a linguagem dos sinos, ministrada pela Professora Emérita Hebe Rôla. Essa palestra foi uma iniciativa do projeto LATA (Laboratório de Troca de Afetos) dos professores Paulo Henrique Mendes e Simone Mendes, da disciplina de Produção de Textos.

Dna. Hebe Rôla
Dna. Hebe Rôla
Dna. Hebe Rôla



Dna. Hebe Rôla

            Com Dona Hebe, como ela prefere ser chamada, aprendemos que o sino é um simples dispositivo de produzir som. A sua forma se assemelha a um cone oco, que ressoa ao ser golpeado. O instrumento de percussão pode ser uma lingueta de ferro (ou badalo), que é uma pequena esfera de metal. Eles são, geralmente, feitos de bronze, mas os sinos pequenos podem também ser feitos de cerâmica ou de vidro.
            Surgiram na Ásia, no século IX a.C, e o mais antigo sino do mundo foi identificado em Coruche, Portugal, datando 1287.
No Brasil, os sinos chegaram, através da evangelização, pois eram instalados em campanários e utilizados como meio de comunicação, para convidar as pessoas às rezas nas capelas e também para avisar sobre as festas locais.
Em 1807, houve a regulamentação nas igrejas católicas do uso dos sinos, que só eram usados após serem lavados, purificados e benzidos pelo bispo ou pelo arcebispo.
            Hoje, os sinos se encontram em todas as igrejas antigas das cidades mineiras e em vários estados, por todos os cantos do país. Em Minas Gerais, na cidade histórica de Mariana, os sinos são símbolo da tradição católica regional e apresentam toques (repiques) diferentes para cada ocasião que a igreja celebra e até mesmo em situações fúnebres. Por exemplo, quando a igreja comemora festas com homenagens aos santos,  há um repique no sino grande, na véspera da festa, com dobres compassados. E também, quando há enterros, o toque dos sinos depende do gênero da pessoa falecida e das indulgências pagas por ela à igreja, ou seja, quanto mais serviços prestados, maior será o número de toques.
Um fato interessante em relação a isso é que crianças (com menos de sete anos) recebem repiques festivos no seu enterro, isso porque a igreja considera a criança pura e inocente.

Coleção de sinos de Dona Hebe

            Como não poderia ser diferente, Dª. Hebe nos apresentou a relação da linguagem dos sinos com a literatura, recitando trechos do poema “Catedral”, do reconhecido poeta local, Alphonsus de Guimarães. Ela interagiu de forma direta com os participantes da palestra e fez com que todos cantassem, junto com ela, parte de um poema sobre os sinos. Dona Hebe ao falar sobre os sinos com tamanha emoção e empolgação, encantou a todos, deixando registrado em nossas memórias a seguinte frase:

O sino parece ter alma, ele trata das emoções mais íntimas. Ele canta e dança, o sino chora e ri, mas atualmente só geme.



Vinicios Pereira Teixeira

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Literatura e Humor


O Mar bem de longe

Enquanto for
Só uma imagem debaixo do cursor
arrastada daqui pra ali na tela
até ser salvo na minha pasta de desejos

Prometo com
linha, densidade e alguma cor
te amar a ausência,cotovelado na janela
até ser alvo de um vento trazendo seu beijo

Olhando para o céu azul de verão
Sempre chego até você
As nuvens sob meus saltos, pra amortecer

A chuva no horizonte,o banzo no coração
Um trovão tão forte,quase o posso ver
E de tão,tão alto fez a distância tremer.

Jaquescigarra Cigarra Cigarra

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

LATA - UFOP



Muita espera e quase quatro meses de atividades paralisadas em virtude da greve dos professores nas Universidades Federais em todo país. Agora os alunos da disciplina de Produção de Textos do Curso de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto, Campi Mariana, já estão quebrando a cabeça para transformar a realização do primeiro encontro do LATA - UFOP ocorrido em maio, em uma bela redação!
O LATA se constitui a partir de ações multidisciplinares que incluem atividades de extensão interrelacionadas ao ensino e à pesquisa no curso de Letras da UFOP. Pretende-se, a partir dessa experiência, criar um espaço de diálogo entre os alunos e representantes da cultura local, a fim de promover o registro das narrativas orais e atentar para a importância da preservação e transmissão do patrimônio imaterial local.
Para nós, do BoletimDeLetras, educar deve se constituir numa relação de afeto, de proximia entre os sujeitos, de construção de saberes por meio das memórias e do olhar do outro, daquilo que cada um carrega consigo e que muitas vezes não encontra espaço para socialização por meio de práticas efetivas de linguagem.
Conheça em primeira mão a logomarca criada para o projeto. A LOGO procura agregar as características históricas e barrocas das cidades de Mariana e Ouro Preto à proposta criada pela professora Francisca Santos, na Universidade Federal do Ceará, Campus Cariri. 




Laboratório de Troca de Afetos - UFOP
Arte: Duda Fernandes


































Sobre a artista: Eduarda Fernandes, graduanda no segundo período do curso de Filosofia na Universidade Federal de Ouro Preto. Preocupada com a preservação ambiental, interessada nos movimentos a favor do "eco-pensar" e da economia criativa.

Em alguns dias os resultados deste primeiro encontro estarão disponíveis no BoletimDeLetras, blog e Facebook. Se você ainda não é amigo do Boletim acesse: http://www.facebook.com/boletim.deletras .