quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Perfil - Turma 2012.2


Meu nome é Makalyster, tenho 18 anos e sou de Cachoeira do Brumado, distrito de Mariana.
Sou uma pessoa alegre, divertida e que adora ouvir música. Também gosto muito de séries e filmes e adoro escrever, mas, por enquanto, é apenas por diversão.
O motivo pelo o qual eu escolhi o curso de Letras é exatamente essa paixão pela escrita e o enorme interesse pelas línguas. Acho interessante a forma como cada língua se organiza, a sua origem... Além do grande interesse por idiomas, a física também é uma coisa que me fascina. Na verdade, sempre gostei muito das ciências exatas e, se tudo correr bem, eu pretendo fazer uma Engenharia daqui a alguns anos.

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Poesia dentro de mim
Dentro
Da alma
Entranhada no sangue
Tragicamente consubstanciada
No meu corpo
Meu suor
Meu vômito.

Impulsiva, ansiosa, inexata, a ânsia por viver é maior que qualquer coisa. Meu nome é Mariana, tenho 18 anos e acredito que nada mais no mundo me atraia tanto quanto o poder da palavra e da linguagem como objeto de estudo, trabalho e pesquisa. Gosto de todas as manifestações artísticas, com letras, imagens, sons, tudo que traga sensações, reflexões e conhecimentos...
Espero, ao longo destes anos de formação, desenvolver-me como estudante e como pessoa e, com novas experiências, aperfeiçoar pensamentos e perspectivas para formação acadêmica e para a vida.

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Oi, sou Natasha, não uso salto 15 e saia de borracha e já me cansei de ouvir essa música quando cito o meu nome!
Pode soar piegas, mas, simplesmente, amo literatura, principalmente romances e poemas.
Jane Austen sempre foi uma inspiração.
Existem divergências em uma profissão por prazer e uma profissão por paixão. Uma pode levar a outra ou a caminhos diversamente opostos. 
Cursar Letras não era minha primeira opção, mas, hoje, ao me identificar melhor comigo mesma, vejo o universo de possibilidades dentro deste curso, desta futura profissão.

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Meu nome é Patrick
Sou natural de Ouro Preto e tenho 29 anos. Formado Técnico em Mineração, sou uma cara tranquilo de fácil diálogo e totalmente flexível para ideias novas.
Escolhi o curso de Letras, pois sempre gostei da área de humanas e tive vontade de fazer esse curso.


Gosto de esporte, filmes e curtir minha família. Enfim, faço um curso que gosto e, por isso enxergo perspectivas futuras. Acredito que com esse curso poderei adquirir mais conhecimentos e me aprimorar, tanto na parte pessoal, quanto na profissional.
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Nascido em uma data de equilíbrio, 08/08, de mil novecentos e noventa e quatro, sou do signo de leão, não que isso vá representar algo de fato importante em minha vida, porém há quem considere o signo fundamental para a definição de personalidade.

Sou Paulo Vitor Magalhães Mendonça, Itabiritense - MG, e comecei a gostar de literatura ainda na infância. Talvez por ser uma criança tímida e com uma perda parcial da audição, me descobria quando lia minhas HQ e o imenso livro de contos da capa azul dos irmãos Grimm que tinha em casa.
Compreendo-me quando estou desenhado, sozinho, quase sempre acompanhado por uma boa música em meu quarto (conforto que deixei para trás na certeza de cursar Letras, para ampliar meus conhecimentos literários). Gosto de compreender, permanecer estável e sentir o ritmo das coisas.

“O coração, se pudesse pensar, pararia.”
-Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa.
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Olá, 
      meu nome é Pedro Martucci, tenho 30 anos, sou de Aguaí-SP, graduado pela UFLA em
Engenharia Florestal. 


Atualmente, sou gerente da Área de Proteção Ambiental Cachoeira das Andorinhas-IEF, em Ouro Preto, e estou cursando a disciplina de Produção de Textos do Curso de Letras da UFOP. Adoro comunicação e pretendo crescer profissionalmente aplicando técnicas do uso da linguagem vistas aqui.

Abraços!!!



Perfil - Turma 2012.2


Olá, 
       meu nome é Héder Newton, sou um catrumano de 29 anos, natural de Botumirim - MG, nascido no dia de Oxóssi, e tenho meu perfil muito parecido com esse orixá: tranquilo, atento, ouço mais do que falo, como diz o ditado: “como pelas beiradas”, ou seja, um autêntico mineiro.
Venho do norte de Minas e sou egresso do curso de Ciências da Religião da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Ingressei no curso de Letras UFOP, tenho expectativas muito boas e, por enquanto, pretendo dar sequência à carreira de pesquisador. Acho que meu defeito é não ter medo de fazer o que gosto. Não sou muito de falar sobre mim, pois prefiro ser um protetor de meu arcano.



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Natural de Santos, SP, tenho orgulho em dizer que sou mineira! 
Com nome de princesa, porém com a origem não tão aristocrática, moro em Minas desde criança.
Gosto de coisas simples, como: comer (e muito), dormir, assistir filmes (principalmente os repetidos), ficar em casa... Amo estudar e tento adiantar tudo, mas os trabalhos sempre ficam para a última hora!
Faço Pedagogia e quero lecionar para crianças, mesmo enfrentando todas as dificuldades da profissão. Vê-las aprendendo e saber que você é um dos prováveis motivos pelos quais elas chegaram a esse conhecimento, simplesmente, NÃO TEM PREÇO! Minha escolha pelo curso, hoje, baseia-se nessa certeza.
Sou louca de paixão pela minha avó e sinto falta dela todos os dias da minha vida! Amo meu namorado e só Jesus sabe como é difícil ficar longe dele... Creio no Deus Vivo e não sei como seria minha vida sem a Sua presença! Tenho a sorte de ter os melhores amigos do mundo e uma família que me ama e compreende a minha distância.
Vivo em busca de mudanças interiores e procuro ser uma pessoa melhor, mas nem sempre consigo... Quando preciso, sou ‘forte’, no entanto, choro com facilidade. 
Enfim, para me conhecer melhor, basta acessar meu perfil no Facebook: https://www.facebook.com/izabel.cristina.3701.

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Meu nome é Jorena, tenho 19 anos e sou natural de Lagoa Dourada –MG .


Sempre sonhei em fazer algum curso de graduação, mas não conseguia escolher qual área seguir. Quando estava no 3° ano do Ensino Médio, na Escola Municipal Prof ª Maria Marcilia (zona rural de Lagoa Dourada), optei por prestar vestibular para Administração. Após isso, prestei vestibular em diversas universidades, entre elas UFSJ, na qual eu fiquei de 7° excedente e, infelizmente, não fui chamada . Mas isso não me fez desistir do meu sonho. Depois de seis meses tentando convencer meus pais que eu deveria me mudar para São João Del Rei, para fazer cursinho pré-vestibular, eis que chega o dia dois de agosto de 2011 e lá vou eu para mais uma etapa da minha vida.
Foram seis meses de muito estudo, de descobertas e novos amigos, mas mais uma vez fiquei como 7° excedente! E como boa brasileira, não desisti.
Comecei a rever meus conceitos sobre o curso que havia escolhido e a vontade de passar em Administração estava presa em mim. Comecei então a cursar em uma faculdade particular e estava gostando muito, no entanto, fiz SISU para UFOP (que sempre foi um sonho muito distante) e passei!!! Não era o curso dos meus sonhos, mas era uma FEDERAL!!! E era letras, um curso que eu achava super legal, e que me daria uma riqueza cultural que eu não encontraria em nenhum outro lugar.
Apesar de não ser esse o curso que sempre sonhei, a cada aula me identifico mais com ele. Estou apaixonada pelas aulas e sei que não vai ser fácil, mas vou me esforçar ao máximo, para que no futuro me torne uma grande profissional.
E a área que eu vou seguir? Isso ainda é uma incógnita, afinal, ainda estou me adaptando à nova realidade...!

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Olá!
Eu me chamo Josiane, sou natural de Belo Horizonte, embora me considere ouropretana de coração devido ao fato de ter me mudado para essa cidade aos 10 anos. Desde pequena, pensava em ser professora de português, só que, na verdade, eu nem gostava muito de estudar, por isso, fiquei muitos anos parada. Quando voltei, não parei mais. Na verdade, eu nunca me imaginei fazendo uma faculdade e hoje estou aqui, cursando o primeiro período de Letras, que foi tudo que eu sempre quis fazer na vida.
Eu gosto bastante de ler, embora não tenha muito tempo. Curto boa música, festas e adoro
estar na companhia de meus amigos e familiares, sou apaixonada pela minha mãezinha querida, meus sobrinhos e amo muito e meus irmãos!
Sou um pouco fechada e muito verdadeira com as pessoas com as quais me relaciono, o que
às vezes não sei se é legal, porque as pessoas têm cismas comigo, mas quando me conhecem, descobrem que sou uma pessoa legal.

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Sou Letícia Fonseca Cruz, tenho 20 anos e sou natural de Ouro Preto. 
Decidi por Letras depois de muito pensar. Acho que não iniciei antes pelo fato de minha tia ser professora e estar um pouco decepcionada com a área, mais, enfim, estou aqui e feliz. Estou no curso, pois pretendo dar aulas para as idades de 13 a 15 anos, porque acredito que nessa época da vida os adolescentes gostam de nos desafiar e adoro ser desafiada.
Adoro ler (leio de tudo um pouco), escuto muito música, amo filmes e adoro estar com minha família. Meus hobbies preferidos são os ligados à natureza, principalmente os que envolvem água, e também sair com os amigos, porém sou mais caseira.
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Meu nome é Lucas Campos, sou aquariano, dos anos 90, muitas vezes impulsivo, jurando que um dia conseguirei me controlar. 
Apaixonado pela comunicação, pelo fim das tardes, principalmente no outono, pelo cheiro de café, noites estreladas e o mítico. Gosto de um bom filme, uma boa música, fotografia, bebida e uma roda de amigos. Estou tentando cursar Jornalismo, mas atualmente “Letrando” e me apaixonando pelo curso. Vim de uma cidade pequena, tão pequena quanto a de Mariana, então não está sendo um grande desafio me habituar à cidade... O grande obstáculo são as pessoas, sou daqueles que prezam a amizade, um sorriso sincero e o sentimento de segurança e espero encontrar não tudo, mas uma grande parte do que eu gosto nesta cidadezinha!

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Perfil - Turma 2012-2



Meu nome é Alessandra, moro em Ouro Preto, estou no 1º período de Letras UFOP.
Gosto de estar com minha família (minha BASE), meus amigos (estar com eles é muito bom) ir à igreja e ficar sempre em sintonia com Deus...
Adoro ler, ouvir música, assistir filme, viajar, fazer novas amizades, enfim, amo viver e descobrir novas coisas a cada dia...
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Meu nome é Cristiane, sou de Mariana-MG, mas já morei em muitos outros lugares.
Atualmente, estou de volta à cidade de Mariana acerca de um ano. Concluí o Ensino Médio em 2011 e no mês de novembro fiz a prova do Enem. Em julho de 2012 consegui ingressar na Universidade Federal de Ouro Preto, por meio do programa SISU (Sistema de Seleção Unificada).
A princípio, eu não queria cursar Letras, mas como esse está associado ao curso de Jornalismo, curso de minha preferência, pretendo usar os conhecimentos que conseguir adquirir em língua portuguesa como uma base para outras matérias. Contudo, acredito que a minha predileção pelo curso de Jornalismo não irá me impedir de seguir uma carreira em alguma das áreas ligadas ao curso de Letras.
Gosto muito de ler e consequentemente de escrever. Nas horas vagas, costumo ler principalmente notícias. Bom, espero me enquadrar em alguma área, e a habilitação que mais me chama a atenção dentro desse curso é a Licenciatura em Língua Portuguesa.

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Olá, 
     meu nome é Cinara Valentino, tenho 19 anos, sou da cidade de Urucânia em Minas Gerais.
Meu interesse pelo curso surgiu no primeiro ano do Ensino Médio através de uma professora de português e literatura que eu tive. Pretendo me formar e me especializar em Licenciatura em Língua Portuguesa. Quero me dedicar ao curso e contribuir para mudar a realidade da educação no nosso país, mesmo que o faça de forma sutil.
Por fim, deixo uma frase de uma canção da qual gosto muito:
“...temos nosso próprio tempo (...) somos tão jovens...” 
(Legião Urbana)
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Sou Danúsia, capricorniana, interiorana, mineirinha nata. Difícil falar de si mesmo, mas digo que minha maior qualidade é também o meu maior defeito!


Ser sincera num mundo falso não é nada fácil. Mesmo assim, prezo e luto pela verdade. Ou então, quando a verdade não é bem vinda, deixo o silêncio como resposta. Sou romântica. Gosto de escrever declarações, mandar cartinhas, bilhetinhos... Também gosto de escrever sobre as desilusões da vida. E elas são muitas. Fazem parte da nossa vida desde o dia em que nascemos e vão nos acompanhar até o nosso último dia. Mas são elas que nos dão força e nos impulsionam para lutar sempre pela felicidade e pelo bem.
Gosto do mundo virtual. Mas não abro mão do papel e caneta na hora de escrever. Sou caseira e bem apegada à família. Amo minha família. Gosto de músicas, de viajar, de dormir, de comer... de macarrão, de chocolates! Ahhh o chocolate!!! Gosto também dos animais de estimação, especialmente os cachorros e gatos. E tenho verdadeira loucura com a fotografia.
O curso de Letras entrou em minha vida para suprir uma dificuldade com as línguas. Acho bonito o português bem escrito e me empenho ao máximo para usá-lo da melhor maneira possível. Quando é para escrever sobre algo de que gosto, o trabalho rende, mas quando o assunto não me agrada, não sai nada.
Espero estar cada dia melhor preparada para todos os tipos de trabalhos e textos.
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Meu nome é Eleni, mas podem me chamar de Lil. Sou proveniente de São Paulo capital. Trabalhei por alguns anos em uma ONG, na qual me formei em Pedagogia Waldorf e tive contato vasto com culturas diversas.
Sou amante da Música, Arte, caligrafia artística, filosofia , antropologia, pedagogia e outras áreas do conhecimento. Gosto de estudar línguas estrangeiras como o alemão, espanhol, inglês e a mais apaixonante para mim, o italiano.
Fiz variados trabalhados em São Paulo na área da Educação (orientação) para comunidades carentes. Transitei por um bom tempo pela área da primeira infância, participando de seminários nacionais e internacionais e mesas redondas. Interesso-me também por trabalhos científicos. Em São Paulo, sempre assistia a defesas de Mestrado, Doutorado e Livre Docência na USP.
Meu caminho com Letras é longo. Apaixonei-me pela literatura através de um professor (Hélio) de uma escola pública, onde tive toda a minha formação no Ensino Fundamental e Médio. Fui voluntária em uma biblioteca onde ficou arraigado em mim o gosto pelas palavras. Este ano, tentaria pela segunda vez a USP, mas a vida me trouxe novamente para Minas Gerais. 
Estou atualmente no primeiro período de Letras na UFOP. Minhas expectativas quanto ao curso são várias, porém um dos objetivos que me trouxe para cá é fazer Licenciatura para futuramente lecionar, pois sempre acreditei que a educação deste país pode ser melhorada de alguma forma. A educação pode vir a formar cidadãos críticos e conscientes de suas ações na sociedade.
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Meu nome é Eloisio, tenho 25 anos e sou um legítimo aquariano: falo muito. Adoro conhecer novas pessoas e sou um bom amigo. Sinceridade é minha maior qualidade e sinceridade excessiva é meu maior defeito. 
Sou natural da cidade de Ponte Nova e tenho como cidade do coração Acaiaca/MG. Tenho duas irmãs mais velhas, ou seja, sou o caçulinha da família. 
Sou graduado em enfermagem e apaixonado pela área de geriatria/gerontologia. Atualmente, trabalho no Hospital Monsenhor Horta como auditor e no controle de infecção hospitalar. Durante meu tempo de folga (algo raro), gosto de ler bons livros e estar com minha família. Apesar de ser estranho um enfermeiro estar fazendo Letras, sempre tive curiosidade por essa área. Temos autores maravilhosos, livros maravilhosos e uma cultura riquíssima. Acho que o curso abrirá caminhos maravilhosos em minha vida. 
Conhecimento é sempre bom e espero aprender muito. Enfim, vamos ver o que vai dar essa nova aventura...
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Meu nome é Giovani, tenho 20 anos e sou natural de Divinópolis.
Decidi optar pelo curso de Letras, esperando que este seja um curso que me trará conhecimento literário, humano e profissional. Sou apaixonado por livros e textos. Meu real objetivo é trabalhar com inglês, pois é uma área da qual gosto muito. Tive várias oportunidades de seguir outros cursos, mas meu “eu interior ou lírico” - não sei bem - reverberava e protestava que não haveria outro caminho a seguir, a não ser, o que hoje começo a trilhar.
Já fiz, nesse pequeno espaço de tempo morando em Mariana, algumas descobertas. Já
“quebrei” alguns paradigmas que permeavam minha mente há muito tempo e vi alguns estereótipos caírem lindamente diante dos meus olhos. Como o fato de que não existem verdades absolutas, por exemplo.
Não gosto muito de definições, pois elas não deixam espaço para outros pontos de vista
e argumentação. Mas, enfim,... é o que tentei fazer. Pretendo tirar o máximo de proveito dessa fase de transição de minha vida.
E que venham novas descobertas!

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

I Encontro LATA- UFOP


Palestra de Dona Hebe Rôla


Aluna: Monyze de Souza Cunha

Disciplina: Produção de textos

Professores: Paulo Henrique e Simone Mendes



Na última sexta-feira, 04 de maio de 2012, recebeu-se na Universidade Federal de Ouro Preto a presença honrosa de Dona Hebe Maria Rôla, ex-professora do então campus da UFOP (ICHS), onde foi realizada a palestra. Dona Hebe é conhecedora da linguagem presente no som dos sinos e deu uma palestra contando aos presentes a respeito das curiosidades que guardam os sinos, processo de fabricação e purificação dos mesmos e amostras de pequenos sinos que ela possui.
Segundo o que foi pronunciado, os sinos geralmente são feitos de bronze, mas os pequenos podem ser fabricados com cerâmica ou mesmo com vidro. Os tamanhos destes objetos podem variar, há exemplares de tamanhos diversos, desde muito pequeninos à sinos enormes presentes nas igrejas.
A palavra possui derivação do latim, sino quer dizer “signo”, “sinal”. Tem-se como maior exemplar dos sinos, feitos com bronze, Tsar,o nome atribuído ao mesmo.
O surgimento destes belos “cantores” deu-se na Ásia, no século IX a.C. já os conheciam na China. A partir da colonização os sinos foram então introduzidos no Brasil, tendo surgimento associado à evangelização.
Os sinos que se vê nas igrejas são moldados em uma peça única fundida em bronze. Em 1807, introduziu-se na Igreja Católica do Brasil, a regulamentação do uso dos sinais- toques fúnebres, não apenas para que os fiéis se recordem da morte, mas para que evitem o pecado e mereçam o sentimento de misericórdia divina.
A purificação dos mesmos ocorre quando um bispo ou arcebispo prepara uma mistura de água e sal, benze-a e lava o sino com esta água preparada. O sino é assim enxugado e reza-se logo após um salmo. Um padre desenha com giz uma cruz do lado de fora e outra do lado de dentro do mesmo.
Dona Hebe enfatiza muito a questão de que o sino possui alma, a melodia produzida por ele é capaz de transmitir exatamente a dor ou mesmo a extrema alegria do momento. A musicalidade é ritmada de forma a tocar o coração daqueles que o escutam, o sino envolve o homem de uma tal forma que é possível sentir a magia suave de seu “blém blém”. Por exemplo, algo curioso é que quando morre uma criança até os sete anos de idade a melodia que ressoa do sino apresenta-se de forma alegre e delicada, já que, acredita-se que nesta idade a criança não possui pecados e é caminhada diretamente para o céu.
O toque funesto e sombrio quando ocorre um falecimento diferencia-se tanto para homem quanto para mulher. Devido a lenda tem-se que a mulher foi fabricada a partir de uma costela de Adão, então na morte de um homem morre também uma mulher, afinal, esta última segundo as tradições bíblicas teve origem naquele.
O famoso poeta Alphonsus de Guimarães denominava os sinos de vedetes. Dentre os sons produzidos pelo badalo, destacam-se :
- Badaladas: É a batida do badalo presente no sino, de um lado para o outro.
- Bambau: Giro completo (360°) que o sino realiza, ficando então de boca para cima.
Algumas pessoas afirmam que os sinos possuem a capacidade de apagar o fogo e que devido a presença destes objetos nas igrejas, as mesmas encontram-se protegidas de incêndios. O sino fascina os seus espectadores, os faz sorrir e alivia as dores da alma com uma melodia que muitas vezes assemelha-se a doce voz de uma criança, mas também provoca choro e comoção ao se tratar de músicas deprimentes que aguçam o poder das lágrimas ao simbolizar a dor da morte.
O tocador de sino possui a responsabilidade de lidar com a aceitabilidade daquele que ouve e de que forma esta pessoa irá compreender o significado do som. A linguagem dos sinos encanta, retira suspiros e faz sorrir, porém em contraste com toda a positividade encontra-se homens que arriscam a vida sem segurança alguma para tocar estes objetos, por exemplo, em São João Del-rei onde Dona Hebe mostra em vídeo que estas pessoas sobem em uma espécie de “janela” penduram-se aos badalos e fazem a movimentação das badaladas de forma desprotegida e com um tamanho perigo de serem arremessados.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Literatura e Humor


Noite de caça


por Ana Carolina Silva

Me desfaço em fumaça
E me confundo
Me camuflo no breu do céu
Quero a rua
Sou qualquer coisa que vaga
Que flutua errando
Te busco
Eu só procuro
E quando acho, não laço.
Não sou densa
Não me encaixo
Eu só te busco
Até mesmo enquanto durmo
Eu só te caço
Assim, sem armas
Sem tocaia já pensada
Eu penso tanto
E nunca sei como te tocar
E te convencer a vir comigo
Eu me enfureço
Pois procuro e encontro
Sem qualquer recompensa
Ando flutuando assim, descompensada
Mas pensando que a caça compensa.
Te busco
Eu só procuro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

I Encontro LATA - Linguagem dos Sinos


Uma troca de afetos que ficará na memória

No dia 04 de maio de 2012, passei por uma experiência inesquecível, um encontro com Hebe Rôla, uma ilustre cidadã marianense, considerada um ícone na cultura e na história local. 

A palestra teve como tema “A linguagem dos sinos”, assunto do qual eu não tinha nenhum conhecimento prévio. Imaginando que a palestra seria chata e cansativa, surpreendi-me, pois foi, de longe, a melhor da qual eu já participei. 


 

Produtora Agueda, Dona Hebe e Profa. Simone Mendes

Segundo Dona Hebe, sino significa um instrumento de percussão como qualquer outro. Sua forma assemelha-se a uma taça invertida, a espessura do badalo e da borda do sino é o que irá determinar o tipo de sonoridade (grave ou agudo). Ela também afirma que os tipos de material utilizado, como bronze, cerâmica, argila, também interferem no som produzido por esse instrumento.


Coleção de sinos de Dona Hebe
Os sinos surgiram na Ásia, no século IX A.C. No Brasil, ele chegou através dos colonizadores que tinham uma estreita relação com a igreja. A função do sino nessa época era, dentre outras coisas, chamar as pessoas para as rezas, para a escola e para as festas. Atualmente, ele ainda mantém vivo duas de suas principais funções: chorar pelos mortos e chamar os fiéis para a missa. 

Coleção de sinos de Dona Hebe

Dona Hebe contou ainda que, para benzer um sino, era exigida a presença de um bispo ou do Papa, que lavavam os sinos com água benta até que ficassem limpos, depois besuntavam-os com os “santos óleos” da estrema unção. 

A palestra me acrescentou um enorme grau de cultura e conhecimento, por isso sou eternamente grato a minha nova idolatriz: Dona Hebe Rôla.



Eleomar Marcos Vital da Silva

Literatura e Humor

 Luana Cerqueira Viana
Foto:  Luana Cerqueira Viana

Salão dos Saudosistas



Saudade estúpida a minha
Se exibe em sua melhor dança
Abstraído se esfrega em mim
Sabe seduzir e convence
E me faz lembrar...
No salão me fez saudar os piores tempos
E me diz ser seu divertimento
Saudade estúpida
Tocando ao fundo sua melhor música
Me usa.

Luana Cerqueira Viana

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

I Encontro LATA


CULTURA E INFORMAÇÃO, “A GENTE VÊ POR AQUI”.


Dia quatro de maio de 2012, aconteceu uma palestra cultural no auditório do ICHS – Instituto de Ciências Humanas e Sociais (UFOP), sobre a linguagem dos sinos, ministrada pela Professora Emérita Hebe Rôla. Essa palestra foi uma iniciativa do projeto LATA (Laboratório de Troca de Afetos) dos professores Paulo Henrique Mendes e Simone Mendes, da disciplina de Produção de Textos.

Dna. Hebe Rôla
Dna. Hebe Rôla
Dna. Hebe Rôla



Dna. Hebe Rôla

            Com Dona Hebe, como ela prefere ser chamada, aprendemos que o sino é um simples dispositivo de produzir som. A sua forma se assemelha a um cone oco, que ressoa ao ser golpeado. O instrumento de percussão pode ser uma lingueta de ferro (ou badalo), que é uma pequena esfera de metal. Eles são, geralmente, feitos de bronze, mas os sinos pequenos podem também ser feitos de cerâmica ou de vidro.
            Surgiram na Ásia, no século IX a.C, e o mais antigo sino do mundo foi identificado em Coruche, Portugal, datando 1287.
No Brasil, os sinos chegaram, através da evangelização, pois eram instalados em campanários e utilizados como meio de comunicação, para convidar as pessoas às rezas nas capelas e também para avisar sobre as festas locais.
Em 1807, houve a regulamentação nas igrejas católicas do uso dos sinos, que só eram usados após serem lavados, purificados e benzidos pelo bispo ou pelo arcebispo.
            Hoje, os sinos se encontram em todas as igrejas antigas das cidades mineiras e em vários estados, por todos os cantos do país. Em Minas Gerais, na cidade histórica de Mariana, os sinos são símbolo da tradição católica regional e apresentam toques (repiques) diferentes para cada ocasião que a igreja celebra e até mesmo em situações fúnebres. Por exemplo, quando a igreja comemora festas com homenagens aos santos,  há um repique no sino grande, na véspera da festa, com dobres compassados. E também, quando há enterros, o toque dos sinos depende do gênero da pessoa falecida e das indulgências pagas por ela à igreja, ou seja, quanto mais serviços prestados, maior será o número de toques.
Um fato interessante em relação a isso é que crianças (com menos de sete anos) recebem repiques festivos no seu enterro, isso porque a igreja considera a criança pura e inocente.

Coleção de sinos de Dona Hebe

            Como não poderia ser diferente, Dª. Hebe nos apresentou a relação da linguagem dos sinos com a literatura, recitando trechos do poema “Catedral”, do reconhecido poeta local, Alphonsus de Guimarães. Ela interagiu de forma direta com os participantes da palestra e fez com que todos cantassem, junto com ela, parte de um poema sobre os sinos. Dona Hebe ao falar sobre os sinos com tamanha emoção e empolgação, encantou a todos, deixando registrado em nossas memórias a seguinte frase:

O sino parece ter alma, ele trata das emoções mais íntimas. Ele canta e dança, o sino chora e ri, mas atualmente só geme.



Vinicios Pereira Teixeira

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Literatura e Humor


O Mar bem de longe

Enquanto for
Só uma imagem debaixo do cursor
arrastada daqui pra ali na tela
até ser salvo na minha pasta de desejos

Prometo com
linha, densidade e alguma cor
te amar a ausência,cotovelado na janela
até ser alvo de um vento trazendo seu beijo

Olhando para o céu azul de verão
Sempre chego até você
As nuvens sob meus saltos, pra amortecer

A chuva no horizonte,o banzo no coração
Um trovão tão forte,quase o posso ver
E de tão,tão alto fez a distância tremer.

Jaquescigarra Cigarra Cigarra

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

LATA - UFOP



Muita espera e quase quatro meses de atividades paralisadas em virtude da greve dos professores nas Universidades Federais em todo país. Agora os alunos da disciplina de Produção de Textos do Curso de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto, Campi Mariana, já estão quebrando a cabeça para transformar a realização do primeiro encontro do LATA - UFOP ocorrido em maio, em uma bela redação!
O LATA se constitui a partir de ações multidisciplinares que incluem atividades de extensão interrelacionadas ao ensino e à pesquisa no curso de Letras da UFOP. Pretende-se, a partir dessa experiência, criar um espaço de diálogo entre os alunos e representantes da cultura local, a fim de promover o registro das narrativas orais e atentar para a importância da preservação e transmissão do patrimônio imaterial local.
Para nós, do BoletimDeLetras, educar deve se constituir numa relação de afeto, de proximia entre os sujeitos, de construção de saberes por meio das memórias e do olhar do outro, daquilo que cada um carrega consigo e que muitas vezes não encontra espaço para socialização por meio de práticas efetivas de linguagem.
Conheça em primeira mão a logomarca criada para o projeto. A LOGO procura agregar as características históricas e barrocas das cidades de Mariana e Ouro Preto à proposta criada pela professora Francisca Santos, na Universidade Federal do Ceará, Campus Cariri. 




Laboratório de Troca de Afetos - UFOP
Arte: Duda Fernandes


































Sobre a artista: Eduarda Fernandes, graduanda no segundo período do curso de Filosofia na Universidade Federal de Ouro Preto. Preocupada com a preservação ambiental, interessada nos movimentos a favor do "eco-pensar" e da economia criativa.

Em alguns dias os resultados deste primeiro encontro estarão disponíveis no BoletimDeLetras, blog e Facebook. Se você ainda não é amigo do Boletim acesse: http://www.facebook.com/boletim.deletras .

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ponto de Vista

 E os 10% para educação? A meritocracia desqualificada.

Por: Luiz Thomaz Nunes


    Levantemos as mãos para o alto e oremos. Assim dizia um sábio qualquer: “o maior cego é aquele que não quer ver.”.  Oremos para que o Brasil enxergue, sobretudo, a realidade que nos cerca, a ilusão que é o Ensino Superior Público.
   Hoje em dia é muito comum pessoas vincularem Ensino Superior de qualidade às universidades publicas. O governo diz: “educação de qualidade é um direito de todos” e, com o intuito de preservar o belo lado filantrópico nacional que, com o pagamento de impostos não faz nada mais que sua obrigação, cria um programa de expansão  para o número de vagas nas Universidades Federais de ensino, cujo nome não pode ser pronunciado em vão.
   O número de vagas aumenta, a demanda aumenta, o custo aumenta, mas e os professores? Permanecem os mesmos. Meia dúzia de gatos pingados que, se portam muitas vezes como heróis. Suportam a carga diária de trabalho atuando como pesquisadores, orientadores e professores. É claro que, sob a luz de um olhar econômico, muitos diriam que recebem bem e não fazem mais do que coisas relativas à profissão escolhida. Entretanto, não vejo nada de tão excepcional em um Doutor, que estudou vinte anos para chegar onde está, ganhar um salário relativamente bom, enquanto há em Brasília, políticos que recebem o dobro para fazer nada e alguns sequer concluíram normalmente o Ensino Médio.
   Deixando de lado a parcialidade, não são apenas os problemas sobre carreira e carga de trabalho docente que estão em jogo, também há problemas que, com o mínimo de esforço, poderiam ser solucionados a muito curto prazo. Entretanto, como nem tudo que reluz é ouro, podemos supor que, no Brasil, as coisas nunca são tão simples quanto parecem. Várias universidades e institutos sofrem de problemas que a cada dia dificultam o desenvolvimento e a atuação de todos – alunos, professores e técnicos-.
   Não precisamos ir tão longe para vivenciar tal precariedade e negligência. Basta irmos ao ICSA (Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – UFOP/Mariana) para nos depararmos com o problema da falta de água potável nos bebedouros.
Por esses e tantos outros problemas já citados incansavelmente por toda população nas redes sociais, hoje, dia 05 de junho de 2012 alunos e professores de várias Universidades e Institutos Federais foram a Brasília, na Marcha pela Educação, com o intuito de reivindicar suas causas que, sobretudo, dizem respeito aos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação – que engloba o ensino em todos os âmbitos e etapas de desenvolvimento da criança e do adolescente-, reestruturação da carreira docente e melhores condições de trabalho nos Institutos Federais.
   A estimativa era de que participassem mais de 30 mil pessoas, entretanto, a contagem foi de aproximadamente 15 mil, segundo notícias fresquinhas. Estão errados os que acham que as reivindicações dizem respeito apenas aos estudantes e trabalhadores das instituições, pois a educação diz respeito a todo e qualquer cidadão, de maneira geral, sem exceção.   Por isso, cidadãos, vamos à luta! Onde estão os 10% do PIB destinados à educação? E a copa do mundo? Enquanto eles te exploram você grita gol? Está na hora de desligar a televisão e abrir a cabeça pois a copa do mundo não beneficia ninguém, não precisamos fazer bonito lá fora, precisamos é de um ensino de qualidade, que beneficie a todos os brasileiros.


Fonte: https://www.facebook.com/groups/greve12/