EDITORIAL
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Fatos e Versões
Tradicionalismo e diversão na Copa CAHIS
Por João Henrique Santos
O Brasil é considerado o país do futebol, e, como não poderia ser diferente, a UFOP também possui o seu tradicional campeonato: a Copa CAHIS (Centro Acadêmico de História).
A Copa, que existe há mais de 10 anos, está acontecendo nos meses de setembro e outubro, com final marcada para o dia 28. Tem como objetivo criar um ambiente de diversão e amizade, no qual os estudantes de toda a Universidade possam se reunir, formar seus times e disputar o troféu, que, neste período, passou a se chamar "Seu Toninho", em homenagem a esta personalidade conhecida em todo o ICHS, por sua dedicação ao Instituto.
Neste semestre, contamos com a participação de 16 equipes, cada qual com suas respectivas musas, escolhidas pelos integrantes de cada time: "Há, no final, um concurso para escolher a melhor musa da Copa, com critérios próprios de cada juiz", declarou Natália, aluna do primeiro período e musa do time da República Zona.
Segundo Renato Paes, organizador do evento, tesoureiro e coordenador de Extensão de Centro Acadêmico de História, as estatísticas para a primeira rodada do campeonato são as seguintes:
Artilheiro: Vítor, da República Insônia, com 12 gols marcados.
Melhor defesa: Repúblicas Orfanato e Insônia, com nenhum gol sofrido.
Pior ataque: Repúblicas Rocinha e Cretinos Amigos, sem nenhum gol marcado.
Até então, a República Insônia é considerada a favorita ao título, mas como futebol é uma caixinha de surpresas, escolha seu time, faça sua aposta e participe dessa festa.
Blog Copa CAHIS
Literatura e Humor
Breve reflexão filosófica acerca das levianas
variações linguísticas
variações linguísticas
(por Mário Kultz O’Nette, Doutor em Linguística Incomparável pela USSP, e funcionário público nas horas vagas)
Dentro das delimitações desse assunto de tamanha complexidade e singeleza - se analisado, a partir de uma perspectiva quase que exclusivamente pernético-hajalmsleviano-satírica - após, divagante, muito perscrutar - como de praxe - baseado em Conde de Canhameville, encontro um vasto campo de imensa amplitude {num espectro relativamente-relativizante-relativista [como na aprazível obra A Pedra, oriunda da indecifrável mente etérea de Petriuss Krakovzky (que, por sinal, deve-se dizer, foi pensada e escrita com um alucinante desprendimento dos fatores chamados lúcido-realísticos)]} público-ócio-funcionalista, fato que me conduz - com o apoio filosidiótico do clássico dos clássicos da alto-auto-ajuda universal, do tipo “como sobreviver a um ‘papo-cabeça’ sem sair do bar ridicularizado pelos cu...ltizinhos, pseudos e afins”. Compreendendo toda a filosofia euro-eurocêntrica-européia em uma palavra, jóia retalmente concebida pelo cool e cultíssimo escritor de best-sellers, bem sucedido empresário do ramo de vasos sanitários e professor de universidade federal, quando lhe sobra um tempo, Dr. Valter da Decka -, de uma maneira que se apresenta, de certo modo, um tanto quanto vero-dadaísta (no sentido mais usual do termo, ou seja, sentido nenhum), a crer que “essas poético-parafrazizações hipotéticas e pseudo-trocadilhosas-satirizantes das conexões reto-linguísticas, que revelam-nos sua vulnerabilidade, por apresentarem a problemática da ausência de embasamento nos gênios da pub-philosophy européia, não merecem consideração” (MARAVILHA,1971:pp.3-879). Sendo assim, a questão se torna, por demais, problemática e, por isso, merece ser melhor problematizada, para que se chegue a maiores elucidações.
Breve reflexão cotidiana acerca das levianas variações linguísticas
“Pra mim esses bagulho aí de variedade de língua deve sê respeitado. Cada um aqui falano do jeito que us mano entende, e us lá bacana falano do jeito que os otro bacana vai entendê tamém. Tá ligado? Língua é pra comunicá, certo? Nóis fala assim, escreve assim... mas, se fô preciso, nóis fala e escreve que nem eis lá tamém. Tá ligado? F*da é que tem estudioso aí - “letrado”, né? - que fica tirano o jeito que nóis fala, nesses livro chei de palavra difício que num qué dizê p*rra nenhuma de nada.” (opinião de Anônimo)
Por: Johnny M. C. Souza
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Fala Bixo
Vida de Estudante
Por Nathalia Kammer
Parabéns, você acaba de passar no segundo processo seletivo da UFOP! A partir de agora, com a ajuda do Governo Federal e do Estado de Minas Gerais que financiarão seu estudo, poderá ter uma digna vida acadêmica!
Primeiro passo: efetue sua matrícula em menos de 48 horas no Campus Sede na cidade de Ouro Preto, independente de sua residência atual ser a cidade de xique-xique, na Bahia ou Lages, Santa Catarina.
Segundo passo: prepare-se para adotar uma nova família! Com muita sorte e um bocado de boa vontade, você encontrá uma vaga nas Moitas e aí sim: Bem vindo à bolha! Pelos próximos cinco anos, seu universo cotidiano será outro!
Muito bem, independente de sua idade, acredite, serão boas as experiências neste “internato consciente”, na cidade histórica de Mariana. Talvez certa experiência prévia lhe favoreça, no que diz respeito à saúde física e psicológica. O fato é que agora você mora na “respública” e seu papel como agente de uma comunidade institucionalizada deve, de alguma forma, ser atuante e fazer parte da história em sua moradia estudantil.
As Moitas estão localizadas no bairro Chácara, próximo ao Centro de Mariana. Ao todo, são sete casas nomeadas: Zona, Sé, Buceta, Taqueupa, Rocinha, Cú e Pocilga. Antigos moradores, os chamados veteranos, afirmam que cada uma delas tem seu perfil ideal de morador, que vão se enquadrando aos poucos na convivência. A maioria dos calouros desiste nas primeiras três semanas, uma estatística observada, mas não muito comprovada.
Agora as regras para manter uma boa estadia nas repúblicas são as seguintes: participe fielmente da caixinha da casa, assim o funcionamento estrutural do seu ambiente será harmônico. Isso engloba conta de luz, despesa com material de limpeza e periódicas reformas. Não é permitido usar o espaço público para lucro e benefício particulares. Logo sua obtenção de renda enquanto estudante é de inteira responsabilidade de seus atos, ou seja, não “mosque”! Outra coisa, em nome do meio ambiente, das energias autossustentáveis, deve se respeitar os seguintes itens:
· Separe o lixo em orgânico e não orgânico. Aprenda a gostar da natureza, - a localização das Moitas é ótima, circundada por áreas verdes ao lado do ICHS, com algumas nascentes, animais como macacos, esquilos, tatus, muitas espécies de passarinhos, um galinheiro, o que proporciona um ambiente bonito e contemplativo. Ah! E o principal, hortas!
· Aprenda a mexer na terra, importante fonte de vida e integração com o meio ambiente.
· Siga corretamente o quadro de faxina, pois uma das maiores dificuldades em dividir o espaço com tantas pessoas é aprender a controlar o ego e as vontades, conciliando a diversidade de ideias e opiniões.
Com o tempo, aparecerão grandes amizades e paixões porque não! A vontade de mudar o teto da sala para vidro, para ver o céu, almoços comunitários - prepare-se para cozinhar muito e para muita gente! Aliás, aprenda a cozinhar, comer todos os dias no R.U. pode ser prejudicial à saúde!
Mas acalme-se! Nada é tão rigoroso assim. Na verdade, o primordial nas Moitas é o contato direto com a instituição, funcionários e o bem público. A manutenção, cuidado e envolvimento com estes pode ser importante para a formação de você graduando, como cidadão! Agora, a melhor parte! Todo dia, a toda hora, algo inusitado pode acontecer, os estudantes de humanas da cidade de Mariana são bem peculiares. Você aumentará seus horizontes, seja lá para que lado for, terá acesso fácil à comunicação, a esportes, à cultura e ao auto conhecimento. Novamente, Parabéns e seja bem-vindo(a)!
Primeiro passo: efetue sua matrícula em menos de 48 horas no Campus Sede na cidade de Ouro Preto, independente de sua residência atual ser a cidade de xique-xique, na Bahia ou Lages, Santa Catarina.
Segundo passo: prepare-se para adotar uma nova família! Com muita sorte e um bocado de boa vontade, você encontrá uma vaga nas Moitas e aí sim: Bem vindo à bolha! Pelos próximos cinco anos, seu universo cotidiano será outro!
Muito bem, independente de sua idade, acredite, serão boas as experiências neste “internato consciente”, na cidade histórica de Mariana. Talvez certa experiência prévia lhe favoreça, no que diz respeito à saúde física e psicológica. O fato é que agora você mora na “respública” e seu papel como agente de uma comunidade institucionalizada deve, de alguma forma, ser atuante e fazer parte da história em sua moradia estudantil.
As Moitas estão localizadas no bairro Chácara, próximo ao Centro de Mariana. Ao todo, são sete casas nomeadas: Zona, Sé, Buceta, Taqueupa, Rocinha, Cú e Pocilga. Antigos moradores, os chamados veteranos, afirmam que cada uma delas tem seu perfil ideal de morador, que vão se enquadrando aos poucos na convivência. A maioria dos calouros desiste nas primeiras três semanas, uma estatística observada, mas não muito comprovada.
Agora as regras para manter uma boa estadia nas repúblicas são as seguintes: participe fielmente da caixinha da casa, assim o funcionamento estrutural do seu ambiente será harmônico. Isso engloba conta de luz, despesa com material de limpeza e periódicas reformas. Não é permitido usar o espaço público para lucro e benefício particulares. Logo sua obtenção de renda enquanto estudante é de inteira responsabilidade de seus atos, ou seja, não “mosque”! Outra coisa, em nome do meio ambiente, das energias autossustentáveis, deve se respeitar os seguintes itens:
· Separe o lixo em orgânico e não orgânico. Aprenda a gostar da natureza, - a localização das Moitas é ótima, circundada por áreas verdes ao lado do ICHS, com algumas nascentes, animais como macacos, esquilos, tatus, muitas espécies de passarinhos, um galinheiro, o que proporciona um ambiente bonito e contemplativo. Ah! E o principal, hortas!
· Aprenda a mexer na terra, importante fonte de vida e integração com o meio ambiente.
· Siga corretamente o quadro de faxina, pois uma das maiores dificuldades em dividir o espaço com tantas pessoas é aprender a controlar o ego e as vontades, conciliando a diversidade de ideias e opiniões.
Com o tempo, aparecerão grandes amizades e paixões porque não! A vontade de mudar o teto da sala para vidro, para ver o céu, almoços comunitários - prepare-se para cozinhar muito e para muita gente! Aliás, aprenda a cozinhar, comer todos os dias no R.U. pode ser prejudicial à saúde!
Mas acalme-se! Nada é tão rigoroso assim. Na verdade, o primordial nas Moitas é o contato direto com a instituição, funcionários e o bem público. A manutenção, cuidado e envolvimento com estes pode ser importante para a formação de você graduando, como cidadão! Agora, a melhor parte! Todo dia, a toda hora, algo inusitado pode acontecer, os estudantes de humanas da cidade de Mariana são bem peculiares. Você aumentará seus horizontes, seja lá para que lado for, terá acesso fácil à comunicação, a esportes, à cultura e ao auto conhecimento. Novamente, Parabéns e seja bem-vindo(a)!
Fatos e Versões
Um show de cultura
A cidade de Mariana inspira nosso intelecto a entrar em conexão com as artes. O fato de a cidade carregar uma forte simbologia histórica, que pode ser notada em cada uma das ruelas sinuosas do seu adorável centro histórico, cria um clima perfeito para o desenvolvimento de ideias criativas a respeito das artes.
Um dos exemplos de pessoas dedicadas às artes na cidade de Mariana é a Cia. Navegantes, muito conhecida na região. Esse grupo trabalha com teatro de marionetes, uma atividade muito impressionante dada a gama de áreas diferentes em que as pessoas podem atuar dentro de um ateliê de marionetes, a saber: a criação, a confecção, a atuação e a manipulação dos bonecos.
O grupo é comandado por Catin Nardi, que, além de diretor, é um dos atores-manipuladores e marionetista do grupo. Nardi é natural de Santa de Fé, na Argentina, e está atuando no Brasil desde 1990.
A Companhia Navegantes tem a sua sede em Mariana desde 2005 e, a partir de então, o grupo vem se dedicando à criação de novos e emocionantes espetáculos. Um deles aconteceu nos dias 17 de agosto a 4 de setembro, na “Quinta Mostra de Teatro de Bonecos”. As apresentações percorreram várias localidades da cidade, como praças, espaços culturais, creches, asilos, bairros da periferia e contaram com a presença de mais de sete mil espectadores. Com uma programação variada, o festival contou também com oficinas, exposições e espetáculos de grupos de teatro de Mariana, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Caxias do Sul e das cidades de Rosário e Buenos Aires, na Argentina, os quais encantarem o público com um show de talento e magia. “Levamos o teatro de bonecos para quem não tem acesso à programação cultural e à recepção do público nesses lugares foi muito positiva”, comentou Catin Nardi, coordenador Geral da Mostra.
Além desse projeto, o grupo já fez importantes trabalhos para emissoras de TV, como a Rede Globo. Na minissérie ‘’Hoje é Dia de Maria’’, de 2005, havia marionetes em forma de patinhos, que interagiam e participavam de danças interpretadas pela protagonista. Em ‘’Sabor da Paixão’’, de 2002, havia marionetes em forma de lutadores, que fizeram a alegria das crianças durante uma festa de aniversário; e, na abertura da novela “As Filhas da Mãe”, de 2001, o talentoso boneco se apresentava, cantando e dançando ao ritmo da abertura da novela, por meio da qual foi possível reafirmar a qualidade e a estirpe do grupo dirigido por Nardi.
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Evandro Moreira de Souza |
Dessa forma, a Cia. Navegantes vem encantando diversos públicos por onde passa, despertando magia e fantasia através de suas histórias cheias de aventuras, que prendem nossa atenção do início ao fim. E eles nem pensam em parar por aqui, pois têm trabalhado duro na criação de novos espetáculos, que prometem nos emocionar tão intensamente quanto os primeiros.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Editorial
O Boletim DeLetras é um espaço criado pelos alunos iniciantes do curso de Letras da UFOP, para divulgação de seus textos. A proposta integra parte das atividades realizadas na disciplina de Produção de Textos e possui um caráter experimental, no sentido de promover a realização, o registro e a divulgação das interações comunicativas dos alunos dentro e fora da Universidade. Produzir um espaço de interação entre os alunos e a comunidade local e acadêmica, por meio de um blog, é uma oportunidade de abrir o horizonte das atividades didáticas realizadas em sala de aula. Esse projeto piloto possibilita aos alunos vivenciar práticas de linguagem criativas, produzidas com o intuito de aprimorar a sua capacidade de interagir e se comunicar por meio das várias formas de linguagem disponíveis no mundo em que vivemos. Sem perder de vista o ensino-aprendizagem de língua materna voltado para as práticas discursivas no ambiente acadêmico, a disciplina pretende, com o Boletim DeLetras, levar os alunos a experienciar outras situações reais de interação, traduzidas, de algum modo, nas várias seções que compõem o Boletim.
O Boletim DeLetras, bem representado pela colcha de retalhos que ilustra este blog, estará constantemente aberto a outras iniciativas pedagógicas e, sobretudo, à circulação de linguagens, memórias, vivências e histórias, materializadas em letras, imagens, sons e tudo mais que possa estar presente em uma interação comunicativa.
Sejam bem-vindos!
Professores Paulo Mendes e Simone Mendes
(Departamento de Letras - UFOP)
Professores Paulo Mendes e Simone Mendes
(Departamento de Letras - UFOP)
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