quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dossiê Caboclo D'água

Folclore no século XXI

Por Nathalia Kammer
           
            Quem imaginaria que, em pleno século vinte e um, existiria uma Associação de Caçadores de Assombrações? Talvez Stanley Kubrick, talvez Manuel Carlos e, o que mais impressiona em saber, talvez grande parte do imaginário popular.


            Isso mesmo! É de “pasmar” que, no meio de tanta imaginação, exista uma cultura e uma forma de lidar com esse imaginário popular que, vira e mexe, depara-se com um monstro, um fantasma, uma lenda, um fenômeno não explicável ou não descoberto pelas autoridades locais.        E quando isso toma certas proporções, a festa é bonita de se registrar, tal como a inauguração da estátua do Caboclo D´água, em Barra Longa. Coberta por um lindo e esplendoroso pano dourado - com direito a fogos de artifício, fotos, música, dança, cachaça personalizada e comilança - além de uma gritaria calorosa do público presente, a inauguração foi seguida de homenagens e muitos discursos: do prefeito, da secretária de cultura, do vereador, de quem viu, de quem não viu e UFA....!!!
           Pois bem, aos dez dias do mês de setembro do ano de 2011, a cidadezinha de Barra Longa, nas proximidades de Mariana- MG, passou a ter visibilidade turística, por meio da divulgação midiática 0800, o que contribuiu para aumentar ainda mais a pulga atrás da orelha das pessoas com relação à lenda.
            Quem será o Caboclo D’água? Por onde diabos ele anda?
            Ouvimos muitas histórias por aí: alguém que guarda no formol uma mão da criatura; alguém que passou três dias no alto de uma árvore no meio do mato, esperando o bicho aparecer; alguém que foi atacado no rio, quando pescava... e muitas outras histórias que você pode vivenciar ao visitar Barra Longa.
             O fato é que, como em uma telenovela, as pessoas se aglomeram para atestar que ali tem alguma coisa de especial, que essa lenda, esse mito, seja lá o que realmente for,  tem ajudado a transformar a região em um polo turístico e a preservar a cultura popular local.

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